quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Entre a Bossa Nova e o Carnaval

Bossa Nova, aquela batida que envolve, eleva e um pouco requebra.
De Tom Jobim a Vinicius de Moraes, canta amores, dores e suas musas.
Sentimento sério, de carinho e de mistério, envolve e encanta na batida suave de quem canta.

Já o Carnaval é feito de desfile e fantasia, diversão de quem dança e a sedução da magia.
Da noite ao dia a emoção do requebrado, samba, balança e encanta com seu gingado.
De Noel Rosa a Pixinguinha, o samba não para e embala até de manhãzinha

Pra quem escolhe entre a Bossa Nova e o Carnaval, diria que a primeira é o romance, e a segunda contradição. O carnaval é carnal, de sedução e fascínio, de magia e paixão.
A Bossa Nova, envolve com seu amor, caricias e afagos, orações e pedidos ao Senhor.

Entre os dois, queria a mistura de ritmos, que tem do amor a magia, do romance a sedução.
Enquanto não escolho, me embalo na Bossa Nova e me acabo no Carnaval.

dois rios.

O que fazer se me deparo entre dois rios, um quase não anda... corre como se as águas não o impulsionassem, apenas passa... mas mesmo sem todo o ânimo, ele me revitaliza com suas águas frescas e cristalinas.

O outro rio é forte, é com vontade... as águas passam fazendo ondas e arrebatando aqueles que atravessam. Dá medo, mas a emoção encanta.

Dois rios diferentes, dois significados diferentes. Um encanta, o outro arrebata.

Entre os dois fico na dúvida por qual atravessar, qual me causará a melhor sensação, e qual sentirá maior prazer em me envolver. Dúvidas de qual caminho seguir, em quais águas me banhar.

Vou deixar que a brisa me impulsione, e decida em qual corredeira me atirar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Impulsos do coração

E quem consegue refrear os impulsos do coração? Pois de fato o amor tem razões que a própria razão desconhece.
Chego a odiar por uma enorme fração de segundos, aquele que acelera meu coração e que deixa minha respiração ofegante só de pensar.
Odeio por não demonstrar a mesma intensidade que eu, por não se render como eu, mas me derreto com as palavras que ele usa, com toda a sua efusão ou a forma com que me beija a nuca.
Queria por vezes matá-lo e rapidamente e ressuscitá -lo só para mim, lhe falar tudo o que sinto, me entregar e escrever um final feliz.
Concordo sem hesitar quando Shakespeare falou que “Ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa”, pois ela pode ter todos os defeitos que mais te irritam, e mesmo assim ser a pessoa da sua vida.
O jeito, o olhar, o formato do braço... sem falar na forma como ele fala, te olha e o jeito sem graça perante suas considerações insanas.
Não adianta, se a paixão te pegar de jeito não fuja, entregue-se a loucura e embriague-se dela, levará você aos níveis mais elevados do sentir.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

saudade

Saudade dói!
Dói tão profundo que não sabemos ao certo de onde ela brota, parece não ter fim, não ter limite. Ela aparece não sabemos de onde, e muito menos o tempo que permanecerá.
Ela dilacera o coração, dá um nó na garganta e nos tira o fôlego, até acabar em uma enxurrada de lágrimas, que não terminam até você adormecer.
Os dias se tornam intermináveis, as tarefas fáceis demais, e o tempo sempre acaba sobrando.
As músicas que antes embalavam, agora inundam suas emoções, e a falta de palavras fere.
Saudade dói tanto, que chega a ser carnal. Dói fundo, dói no íntimo, machuca.
Saudade parece ruim, mas é bom. Mostra a importância que pessoas tiveram em sua vida, e a forma como você se permite sentir.
Sentir é bom, nos difere, nos eleva nos faz feliz.
Sentimos saudade do que passou, do que não é mais real, do que deixou marcas.
Saudade é lembrar e almejar ter o poder de se transportar para o momento que tem feito ela aparecer.
Só quem se permite sentir, é que sente saudade.