terça-feira, 18 de agosto de 2009

Baile de máscaras

Às vezes me sinto como se minha vida fosse um gigantesco baile de máscaras... vejo rostos, porém não expressões, não posso adivinhar quais os pensamentos que por ali passam. Não tenho a certeza se aquela expressão que vejo estampada como um disfarce, se é realmente a que brota do coração.
Nesse baile de máscaras me sinto deveras perdida, por não conseguir representar conforme a ocasião, me sinto nua e desprotegida, como se fosse expulsa do salão.
Frustrada por inúmeras vezes me deparar com pessoas usando máscaras acolhedoras, juntamente com um crachá de amigas, e em outra melodia do baile, passarem sem ao menos conhecer, ou pior... interpretando outro personagem, daqueles distantes que você não pode esperar nada.
Máscaras amistosas, máscaras afáveis, inúmeras são elas que chegam para seduzir, e após firmar vínculo, partem, ou apenas continuam interpretando um papel, dançando conforme a música que no baile toca.
Confesso que já me peguei pensando em dançar conforme o ritmo das máscaras, mas jamais conseguiria, minha vida é embalada pelo som do coração, e a trilha é sempre a das minhas emoções, que de forma alguma conseguiria mascarar.
Sinto apenas por aqueles que não são sensíveis para ouvir a melodia da sinceridade, e a disfarçam com sorrisos e cordialidades inventadas, pois haverá o dia em que as máscaras cairão, a música cessara e o baile chegará ao seu fim.

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